Mais um lançamento em parceria com outros 3 selos, e este acordo está indo longe, e é bom que vá mesmo, pois estamos nos adaptando ao mercado, como se diz em nosso ramo, “dançando conforme a música”... Ditado novo este!
Sempre dissemos que a pirataria não nos incomodava, e é a pura verdade, quem compra produtos piratas está ciente que está fazendo algo estranho, algo que sabe que não está lá no caminho mais certo, tanto que tem até um pouco de vergonha e vai logo se justificando... Quem tem um real vínculo com o artista é o colecionador de música pesada e pronto. Exceções, honrosas, os consumidores de música instrumental, clássica e popular de qualidade, e em número bem menor.
Não vale colocar como concorrente a música digital, pois não é. A música “a granel” sempre existiu, o formato é que mudou. Nosso MP3 de hoje é uma mistura de rádio com gravaçõezinhas toscas em fitas K7. Conheço até hoje quem ainda tenha destas fitas, e cada um cada um, se está legal pra ele o PC cheio de MP3, tá certo então, mas o suporte definitivo é o disco (vinil, CD, DVD, etc...), é como a roda, já está perfeito, não tem mais o que inventar, só ir para as variações do mesmo tema (Paper sleeve, SHMCD, versões Deluxe, etc...). Claro que me refiro aqui também ao fato de estarmos ainda muito ligados à arte, à parte impressa, aliás desde antes da música gravada já havia esta ligação, quando as pessoas compravam a partitura para tocar no piano de casa... O encarte não deixa de ser uma evolução desta partitura, e me refiro também ao fato de estarmos muito apegados ao conceito de álbum, ou seja, várias músicas compostas e gravadas num mesmo momento, com os mesmos timbres, com a mesma formação da banda, e a sequência com que elas nos são mostradas, etc... Talvez num futuro próximo estas características desapareçam. Mas, enquanto isso...
E pra não dizer que não falamos da Galeria desta vez, este sim nosso problema mais sério, descaracterização da Galeria do Rock, e já parece irreversível, vão mesmo continuar com as ações pseudo-culturais já alardeadas por nós há tempos, vão mesmo continuar com politicagens surrealistas como “Apresentação da Galeria do Rock em Portugal”, e isto é verdade, apresentaram MESMO isso, certamente teria influenciado Felini a mais uma produção genial... Mas se estão pulverizando a cultura do rock, a cultura headbanger da Galeria do Rock, ela continuará, ainda que com o espaço físico culturalmente degradado, continuará bem uno dentro de nós, e em nossas vidas, de uma forma ou de outra, por exemplo este canal aqui (e viva a internet).
Portanto, comemoramos neste cenário o lançamento de mais um CD de sucesso (vendas pra lá de satisfatórias, como todos os demais lançamentos desta parceria). Jorn Lande com sua pra-lá-de-oportuna-quase-sacana homenagem ao Dio (http://www.diehard.com.br/lojaweb/detalhes.asp?codprod=23433&codtipo=1), e com uma programação muito maior (http://www.diehard.com.br/lojaweb/records.asp) e também continuamos com nossos lançamentos “solo”, como o Charred Walls of the Damned, projeto que conta com (http://www.diehard.com.br/lojaweb/detalhes.asp?codprod=23262&codtipo=1).
Sabemos que temos a mania de colecionar o que a indústria insiste em descartar, mas coleções não servem, também, pra isso?
E, pra esclarecer de uma vez, a Die Hard Records não lançou o Angra – Aqua, este lançamento é de um de nossos parceiros, é que como temos um relacionamento excelente tanto com a banda Angra, como com o artista gráfico que fez toda a arte, nosso amigo Gustavo Sazes, que cuida de toda a identidade visual da Die Hard há anos, e também um relacionamento ímpar com a Voice Music, gravadora original do CD, então, em algum momento alguém colocou nossa logo pra ver como ficava e acabou indo pra fábrica esta versão, só isso. Pra nós foi um equívoco que muito nos honrou e uma brincadeira que acabou por nos divulgar num trabalho tão importante e tão cheio de amigos, mas foi só isso.
Abraço a todos.
Vincent Morrison – DIE HARD
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
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