Sempre nos questionam aqui como estamos sobrevivendo, uma vez que “ainda” vendemos CDs e DVDs. A resposta, que é a mais pura verdade, por isso a única que temos, é que nunca, desde nossa inauguração em 1996, tivemos curvas descendentes expressivas, excetuando-se a sazonalidade, obviamente. Ou seja, crescemos sempre, às vezes mais, às vezes menos, mas sempre.
Como estamos fisicamente na Galeria do Rock, temos de constatar o fato notório que a maioria das lojas daqui sumiram, sobramos algumas poucas, mas também é notório que as que sumiram, em sua grande maioria, não focavam nem no estilo musical que vendiam, apesar do nome desta Galeria ou, pior, nem no cliente, vendendo usados porcaria, piratas, desatualização quanto aos lançamentos, despreocupação quanto ao acervo, etc. Isto ajudou, e muito, na descaracterização ainda em andamento da Galeria do Rock, dando espaço para as, nem por isso menos “mal vindas”, lojas de acessórios, roupas, estúdios de tatuagens, etc...
Sabemos que quem compra pirataria não se incomoda com qualidade, logo, é uma questão de consciência, ou falta de. Não se sente lesado, pois a pirataria é uma doença que atinge diretamente os criadores, que são os músicos, cineastas, empresas que investem no design de calçados e, etc, e todos os envolvidos na criação, viabilidade, materialização, registro, transporte, etc destes materiais ... culminando na pirataria que beneficia apenas a nós sabemos quem, incluindo a máfia, a parte do estado corrupta que faz vistas grossas, e seus coligados.
Seguindo com os prováveis causadores do improvável desaparecimento do CD, o download ilegal, que é irmão gêmeo da pirataria, pois causa as mesmas conseqüências, mas beneficia um número ainda menor de gente, pois não há suporte material, e em nada envolvidos com música ou arte em geral, como os pirateiros. Quem apenas baixa músicas e filmes ilegais, não só padece do mesmo mal da pirataria, mas geralmente são os mesmos.
Tudo o que dissemos até agora são fatores que poderiam nos prejudicar, mas isso não acontece, e não sabemos exatamente os motivos, mas temos um bom palpite: não vendemos piratas, nem mesmo usados, temos compromisso total com a qualidade do produto e nos preocupamos com tudo o que envolve isto, ou seja: atendimento, agilidade e qualidade no envio pelos Correios, qualidade das embalagens, documentação, acervo, rapidez e variedade dos lançamentos, segurança, confiabilidade e garantia TOTAIS. Nosso cliente jamais perdeu ou perderá nada conosco, nem mesmo tempo ou paciência.
O que notamos é que houve um momento em que todos pensamos que os MP3 seriam um substituto mágico e quase grátis para os CDs dispendiosos e ocupadores de lugar, enchemos nossos discos rígidos deles, acumulamos discografias e mais discografias e... e... ficam lá, dificilmente ouvimos do PC ou dos portáteis, e sentimos uma saudade enorme dos encartes, do suporte físico da música, do verdadeiro vínculo entre nós e o músico, da certeza que parte de nosso esforço (dinheiro) chegará para a banda e todos os envolvidos para que os CDs cheguem até nós. E isto pode estar causando um “revival” dos CDs, pois há um aumento significativo nas vendas, um aumento também na quantidade de lançamentos, uma procura notadamente maior por novidades, incluindo a venda de revistas e periféricos... Os MP3 de hoje não passam das K7 de ontem...
Ah, e nossa opinião, embasada pelos parágrafos acima é que: Não, o CD não vai acabar, ao menos tão cedo, pelo contrário, voltou o vinil, e surgiu o blu-ray. Nos baseamos também por nós mesmos, todos aqui somos colecionadores, juntando nossos interesses, a Die Hard, podemos dizer assim, coleciona livros, fascículos, CDs, DVDs e vinil.
terça-feira, 5 de outubro de 2010
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2 comentários:
Assino embaixo, espero mesmo que o formato cd não acabe pelo bem da musica, o que se vê com essa geração mp3 é um certo distanciamento entre consumidor e musica, ja que a mesma se torna algo banal, algo que vc baixa em 10 minutos, escuta uma ou duas vezes e se perde no hd. Agora o cara que compra o material original, pelo menos no meu caso, se sente mais proximo da banda, e sua relação com a musica é mais "intimo", tem sentimento. Espero que o formato se mantenha, que o vinil cresça cada vez mais, e que essa galera se concientize e veja a musica de outra forma.
Entre o público que curte Heavy Metal é totalmente diferente de quem consome música pop que é altamente comercial e cuja maioria é passageira não9 dura mais que três meses, ou seja, não permite que o consumidor crie uma identidade com o artista e logo crie uma relação a longo prazo.
Com os fãs de Heavy Metal é diferente pois não se trata de apenas consumir um produto descartavel, pois, existe uma relação de identidade a longo prazo do fã para com o artista e resultado disso é legião de fãs que as bandas vão criando ao longo dos anos e o nosso tão amado estilo já tem 40 anos de existência e os outros duraram quanto tempo.
E isso em partes no que tange a industria fonografia por não criar um produto de longo prazo cujo exemplos que posso citar Led Zeppelin, Iron Maiden, Metallica, Black Sabbath e etc. que ñão venderam milhões de discos atoa
Penso que os singles deveriam voltar e podiam ser disponibilizados em MP3 mesmo.
No Heavy Metal não vejo que a crise seja tão aguda pelo fato das bandas continuarem a lançar álbuns mas no pop sim essa crise já não é de hoje e quem sabe isso não leve as grandes gravadoras a repensar suas maneiras de vender música.
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