"Existe esse mito de que crítico de cinema só gosta de coisa chata. Não é bem assim. Qualquer pessoa que vai cinco vezes por semana ao cinema, cinéfilo ou não, acaba desenvolvendo um certo senso de julgamento. Clichês se tornam mais e mais irritantes. Ouvir sempre as mesmas piadas, ver repetidos a esmo os mesmos efeitos digitais, conferir sempre os mesmos finais felizes, uma hora cansa. E tudo aquilo que foge dessas facilidades, que oferece um razoável nível de elaboração, não demora a ser taxado de "cansativo", "difícil". Marcelo Hessel, www.omelete.com.br, em crítica do filme "O Retorno" (Vozvrashcheniye, 2003), de Andrei Zvyagintsey.
Claro que este texto serve para todo tipo de arte, não só, mas principalmente arte. Música, então, nem se fala... Temos amor pelas bandas, então tem bandas que quando começamos a descobrir música achávamos o máximo e, com o passar do tempo, descobrimos que era uma banda pra lá de normal, limitada até, quase medíocre, mas o amor continua, os discos continuam na estante e quando conversamos com alguém, citamos a banda com a maior nostalgia... Mas bandas “parecidas” não mais nos interessarão... E aí entra o exemplo do texto do Marcelo Hessel, acima... Crescemos intelectualmente e passamos a curtir outros tipos de bandas, abrimos o leque para outros sub-estilos dentro do som que nos agrada, uns abrem este leque até se quebrar, outros abrem só uma frestinha, outros já abrem só à noite escondido de todo mundo, hehe...
Vincent Morrison
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário