terça-feira, 25 de março de 2014

Die Hard se posiciona - ainda sobre os correios

Já falamos aqui sobre a falta de qualidade cada vez mais frequente dos Correios. As incompetências estão cada vez mais expostas. Independente deles, nós somos responsáveis e o cliente não tem perdido nada com isto, a não ser um pouco de tempo e paciência, pois, enquanto o pedido está em trânsito, ou parado em alguma agência, não há o que possamos fazer a não ser aguardar, mas quando o atraso é muito grande ou o pedido é perdido ou roubado, mesmo nós não conseguindo o ressarcimento com eles, obviamente, garantimos o pedido ou o ressarcimento aos nossos clientes, mas temos tido um prejuízo considerável, aumentado com a temporada anual de greve.

Como é uma Empresa estatal, não há o que possamos fazer, os labirintos kafkianos para a solução destes problemas, feitos para acabar com nossa paciência e fazer com que desistamos de nossos direitos, são bastante eficientes. E a (in)justiça brasileira, dada sua fama, também não nos anima a iniciar uma saga.
É um problema do país, reflete tudo o que sofremos com a já citada (in)justiça, com o projeto de deseducação de nosso povo, com a falta de saúde, falta de infra-estrutura, com a preocupação em distribuir bolsa isto e bolsa aquilo, com a impunidade e a corrupção correndo solta, e, como se não bastasse,  com a mídia comprada e comprometida com eles, nos desinformando pra nos convencer do impossível de ser convencido, tentando nos manobrar de toda forma...

Apenas para ilustrar este assunto dos Correios, que são (ainda) federal, pra citar mais uma Empresa descomprometida com o cliente, o Metrô aqui de SP, que é estadual , também sofre das mesmíssimas características; incompetência maior a cada dia e greves anuais, quase que umas segundas férias. Isto nos dá a certeza de que há algo bastante sinistro por trás disto  tudo. Nós da Die Hard somos oriundos de uma estatização onde, a princípio, acabaram com a Empresa, tornando-a, de uma das mais competentes do setor, a uma das mais desvalorizadas, o que, imaginamos, pode ter sido uma manobra para a privatização, vendendo barato pros camaradas e espocando propina pra todo lado. Pensar livre pensar, todos estes absurdos acontecendo em nosso país, nos sentimos praticamente na obrigação de expor o que pensamos, pois são opiniões, e só isso, apartidárias e sem intenções outras a não ser a de melhorarmos nossas instituições, a de crescermos como povo e fortalecer nossa doente democracia, tornar a palavra cidadania um fato. Querem que pensemos que está tudo perdido, não caímos nesta, perdidos estão quem trama e mantém esta situação absurda, mais cedo ou mais tarde cabeças rolarão, a história prova. E não serão as nossas.

Tudo isto pra dizer que estamos aqui, funcionando como uma mola de resistência entre você, nosso cliente, e esta situação descrita acima, oportunidade para repetirmos nosso mantra, que é nossa verdade e nossa razão de existir como seres humanos e Empresa: Conosco você não perderá nada, jamais, nem tempo ou paciência, e aqui acrescentamos que, caso os Correios nos façam perder tempo e paciência, pedimos desculpas por eles, e garantimos que o dinheiro e a credibilidade que você nos confiou estão garantidos por nós da Die Hard.

Os Correios podem ser os culpados, mas nós somos os responsáveis.

Em tempo e pertinente. Com o sucesso da Primeira Mostra Internacional de São Paulo de 8 a 16 de março de 2014, cabe citar aqui trechos dos artistas e críticos participantes, que corroboram, em parte, o que dissemos acima, provando que este sistema corrupto, apesar de sermos o país mais descarado nisso, é internacional .

"O homem contemporâneo perdeu a capacidade de interferir no mundo, acaba por acreditar que a única esperança é o que o sistema promete a ele, e se torna voluntariamente aprisionado a este sistema." Sahika Tekand, sobre sua peça "Anti-Prometeu" no catálogo Cartografias do I MITSP, pg. 71
"Se fosse analisada pelo teórico da dramaturgia e crítico do capitalismo Raymond Williams, a obra de Tekand faria parte do tipo da tragédia liberal em que o indivíduo entra em conflito com o sistema que se apresenta como ordem, mas, na verdade, produz a desordem através da desigualdade, da violência e da injustiça, tal como expuseram algumas peças de Ibsen." Clóvis Massa, sobre a peça de Sahika Tekand, "Anti-Prometeu" no catálogo Cartografias do I MITSP, pg. 71
"Como em qualquer jogo, as metas e regras fazem parte de um pacto estabelecido entre as partes. O que há de trágico no homem contemporâneo, como apresentado no espetáculo, é a impossibilidade de rever os termos do pacto: a cada jogada, ele faz o que pode. O ritmo da vida urbana atual não abre espaço para o questionamento das regras, muito menos para uma revisão das metas." Daniele Ávila Small, "Sem Fígado e sem Fogo", em Prática da Crítica, sobre a peça "Anti-Prometeu" do I MITSP
"Há um sistema extremamente eficaz que existe para nos impedir de viver de outra maneira. Há um sistema extremamente poderoso que nos faz acreditar que estamos vivendo de outra maneira." Rodrigo Garcia sobre sua peça "Gólgota Picnic", no catálogo Cartografias do I MITSP, pg. 83



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