SOBRE PREÇOS
De vez em quando algum cliente nos questiona sobre preços, na maioria das vezes já nervoso e com a “certeza” de que estamos “roubando”. Confesso que quando eu não tinha noção do que era ser comerciante também pensava assim, mesmo não tendo nenhuma informação, e não me sinto culpado por isso, assim como não culpo clientes que pensam assim. Pelo contrário, este questionamento é muito válido, e eu agradeço a todos que me questionam, afinal é mais fácil xingar o cara e não voltar mais na loja, quase como eu mesmo fazia antes. Quando o cliente pergunta é porque se preocupa com a loja, quer entender, formar opinião com base, por isso valorizo muito. E me veio à ideia deste texto, que pretende esclarecer pelo menos alguns pontos importantes.
Uma vez um cliente amigo, que vai se identificar ao ler aqui, entrou na loja nervoso, “Fausto, você quis me vender este CD muito caro, e eu o comprei bem mais barato numa loja próxima de você.” A diferença era brutal. A primeira coisa que eu disse para ele era pra se certificar de que se tratava do mesmo produto, imediatamente ele disse que era, eu pedi pra ver o CD, o álbum “Reborn” da banda Northern Kings, cuja primeira faixa é uma cover do Journey – Don’t Stop Believin. Por mais engraçado que pareça, na edição (pirata/russa) dele a música estava grafada “Don’t Believe” ou algo assim, se você que está lendo agora tiver o CD dê uma conferida. Rimos muito. Ele acabou comprando o CD “caro” comigo e é cliente e amigo até hoje. A diferença é que o nosso era europeu, original, novo e documentado. E o dele era russo. Não o russo da Rússia, mas um “russo” genérico, produto muito comum infelizmente. Um verdadeiro CD russo (da Rússia!!!) custa, obviamente, o preço de um CD europeu. Claro que um produto pirata sem qualidade (e não existe um pirata com qualidade) custa menos. Nenhum olhar atento deixará de notar as qualidades de um original, não caiamos na lorota dos pirateiros, não são iguais, absolutamente. Se o olhar te enganar, o tempo revelará. Comparar o pirata e o original nas mãos não deixa nenhuma dúvida. Por isso alardeamos que só vendemos novos e originais. Antes estas cópias piratas estavam disponíveis apenas nas ruas, hoje infestam todo lugar e a internet, por isso, pra quem não quer comprar gato por lebre, muita atenção. Nós só trabalhamos com originais. Temos CDRs na loja, pouquíssimos, mas são de bandas independentes nacionais, especificado visivelmente no site e o cliente avisado no balcão. Temos bootlegs também, só prensados, nunca CDRs. Quando o cliente é avisado que o produto é “paralelo”, “cópia”, “pirata”, tudo bem, é um negócio consensual, mas sabemos que nem sempre é o caso. Nós aqui só trabalhamos com originais.
Outra comparação injusta é com um produto usado. Por mais que o produto esteja sem marcas, palavras tais como “intacto” e “novo” não podem ser usadas, muita gente acaba comprando um produto em excelente estado como “novo”. Provavelmente você que esteja lendo este texto tem a maioria dos seus discos neste estado, pois colecionadores sabem manusear, acomodar, tratar, comprar e vender Nós só trabalhamos com novos. Existem algumas gravadoras brasileiras que mandam fabricar o CD num local e o encarte em outro e montam num terceiro local, isso faz com que o CD fique com marcas, infelizmente, é uma economia meio burra, mas muito em uso. Alguns CDs importados, principalmente argentinos, sofrem o mesmo processo , os encartes e CDs (discos) embalados sem as caixinhas de plástico rígido fazem com que os pacotes fiquem menores e mais leves no geral, outra economia burra, mas fora de nosso alcance, simplesmente é assim. Nós temos de trabalhar com estes CDs. Apesar destes equívocos das distribuidoras, nós só trabalhamos com produtos novos.
Os produtos chegam nas lojas de diversas maneiras, podem vir direto da gravadora ou distribuidora, que é o mais correto e seguro, o óbvio, mas podem vir também de muitos outros locais e de muitas outras formas, enfim é a realidade e temos de lidar com ela. Produtos importados também podem vir de diversas maneiras, nós os adquirimos de vários fornecedores, muitas vezes o mesmo CD vem com mais de 25% de diferença já na origem, cabe à loja a decisão de tê-los ou não, optamos por ter o produto em estoque, pesquisando antes onde é mais vantajoso , mas não deixamos de compra-los se os mais caros forem os únicos disponíveis. Nós só trabalhamos com produtos de origem segura e garantida, deixando o preço em segundo plano.
Outros componentes para a formação do preço final começa pelo atendimento, afinal profissionais informados e interessados, são mais valorizados do que um vendedor que não sabe o que está vendendo e que nem olha na cara do cliente. Também importante na composição do preço é a garantia e a segurança, nós não oferecemos resistência quando precisamos trocar um produto que veio com defeito, não olhamos para a cara do cliente como se ele tivesse provocado o defeito, e nem sugerindo que ele esteja fazendo algo errado, afinal, além do real e moral direito do cliente, eu me sentiria muito mal se alguém se sentisse lesado pela loja, e sei que todos os que trabalham comigo pensam assim. Não fazemos nenhuma cara feia, quem já teve a experiência de trocar um produto defeituoso conosco sabe. Um CD com defeito geralmente é devolvido para a gravadora, em alguns casos o prejuízo é sim da loja, mas isso faz parte do negócio, não se pode ganhar sempre. Um cliente que sai de um problema destes sem raiva e sem prejuízo volta a comprar na mesma loja, é o que eu faço pessoalmente em todos os meus relacionamentos comerciais, sei que funciona assim, então esse prejuízo acaba se transformando numa espécie de anúncio institucional. Nós só não deixamos que passe por nós situações em que fica claro que o cliente está forçando uma situação para sair em vantagem, por exemplo, já troquei produtos que não foram comprados aqui, e também já houve discussão porque o número 7 que eu coloquei na etiqueta lhe pareceu um número 1. Claro que venderia o CD a onze reais se estivesse grafado onze reais, mesmo que moralmente todos nós saibamos que foi um erro, mas entendo que bom senso nem sempre vigora dos dois lados. Estes prejuízos acabam se diluindo num bom volume de vendas. Estou tentando ilustrar situações que apenas o bom senso resolveria. A margem de preço para nosso tipo de produto (não perecível) é sugerida na história do comércio, com os cálculos ensinados no Sebrae, e com comentários das Associações Comerciais, mas é livre, cada comerciante (inteligente) usa a lei da oferta e procura e sua própria honestidade como norte, nosso produto não é tabelado. Hoje acabamos ditando o preço de alguns produtos, as lojas concorrentes nos dizem isto abertamente, aguardam que coloquemos os preços para colocarem os seus. Muitas vezes conversamos entre nós, várias lojas, para fazermos um preço mais atrativo. Não há como olhar o produto e colocar um valor aleatório, muita gente pensa isso, mas seria suicídio empresarial, além de burrice explícita. Claro que temos produtos mais caros, somos vítimas de nossas próprias escolhas, mirando o produto novo, original, de origem segura e garantida, principalmente os importados, mas temos os motivos já citados, e não deixamos de vende-los por isso, mas sempre puxamos pra baixo, por razões lógicas. Nós temos muitos produtos exclusivos, poderíamos usar a lei que vale nos monopólios e vender ao preço que nos conviesse, mas não fazemos isto. Temos muitos produtos em primeira mão também, muitas vezes semanas antes da concorrência, mas colocamos os preços justos. Nós só trabalhamos com preços justos.
Outros componentes para a formação do preço final começa pelo atendimento, afinal profissionais informados e interessados, são mais valorizados do que um vendedor que não sabe o que está vendendo e que nem olha na cara do cliente. Também importante na composição do preço é a garantia e a segurança, nós não oferecemos resistência quando precisamos trocar um produto que veio com defeito, não olhamos para a cara do cliente como se ele tivesse provocado o defeito, e nem sugerindo que ele esteja fazendo algo errado, afinal, além do real e moral direito do cliente, eu me sentiria muito mal se alguém se sentisse lesado pela loja, e sei que todos os que trabalham comigo pensam assim. Não fazemos nenhuma cara feia, quem já teve a experiência de trocar um produto defeituoso conosco sabe. Um CD com defeito geralmente é devolvido para a gravadora, em alguns casos o prejuízo é sim da loja, mas isso faz parte do negócio, não se pode ganhar sempre. Um cliente que sai de um problema destes sem raiva e sem prejuízo volta a comprar na mesma loja, é o que eu faço pessoalmente em todos os meus relacionamentos comerciais, sei que funciona assim, então esse prejuízo acaba se transformando numa espécie de anúncio institucional. Nós só não deixamos que passe por nós situações em que fica claro que o cliente está forçando uma situação para sair em vantagem, por exemplo, já troquei produtos que não foram comprados aqui, e também já houve discussão porque o número 7 que eu coloquei na etiqueta lhe pareceu um número 1. Claro que venderia o CD a onze reais se estivesse grafado onze reais, mesmo que moralmente todos nós saibamos que foi um erro, mas entendo que bom senso nem sempre vigora dos dois lados. Estes prejuízos acabam se diluindo num bom volume de vendas. Estou tentando ilustrar situações que apenas o bom senso resolveria. A margem de preço para nosso tipo de produto (não perecível) é sugerida na história do comércio, com os cálculos ensinados no Sebrae, e com comentários das Associações Comerciais, mas é livre, cada comerciante (inteligente) usa a lei da oferta e procura e sua própria honestidade como norte, nosso produto não é tabelado. Hoje acabamos ditando o preço de alguns produtos, as lojas concorrentes nos dizem isto abertamente, aguardam que coloquemos os preços para colocarem os seus. Muitas vezes conversamos entre nós, várias lojas, para fazermos um preço mais atrativo. Não há como olhar o produto e colocar um valor aleatório, muita gente pensa isso, mas seria suicídio empresarial, além de burrice explícita. Claro que temos produtos mais caros, somos vítimas de nossas próprias escolhas, mirando o produto novo, original, de origem segura e garantida, principalmente os importados, mas temos os motivos já citados, e não deixamos de vende-los por isso, mas sempre puxamos pra baixo, por razões lógicas. Nós temos muitos produtos exclusivos, poderíamos usar a lei que vale nos monopólios e vender ao preço que nos conviesse, mas não fazemos isto. Temos muitos produtos em primeira mão também, muitas vezes semanas antes da concorrência, mas colocamos os preços justos. Nós só trabalhamos com preços justos.
A Die Hard garante, vou repetir, garante, além destas especificações do produto, sua integridade até que esteja nas mãos do cliente, onde quer que ele esteja. Isso quer dizer que o cliente compra um produto e vai recebe-lo íntegro, novo, original...
Este é o primeiro texto que assino com o meu nome, a loja tem vinte anos e no início eu assinava como Vincent Morrison, pra poder comentar abertamente sobre os lançamentos, me escondia no pseudônimo de meus ídolos maiores não musicais (Vincent Van Gogh nas artes plásticas e Jim Morrison na literatura e poesia), depois passei a redigir como “nós”, a Die Hard, e hoje assino este texto pela primeira vez porque o assunto é muito importante, tem a ver com a minha honestidade, do meu sócio e da minha equipe, que considero sinceramente a melhor equipe que existe. Assino com meu nome também, por causa das redes sociais, compartilhando meu método de trabalho com familiares e amigos das outras artes que amo que sabem como sou. Aproveito pra lembrar que sempre tem alguém confundindo meu perfil pessoal com os da loja, por isso é sempre bom esclarecer que, apesar deste texto estar também no meu pessoal, por lá eu não trabalho Estou disponível sempre nos contatos da Die Hard...
Sim, eu achava que os comerciantes que vendiam mais caro uns ladrões, hoje estou do lado de cá, por isso tento esclarecer que nem sempre é assim que acontece. Claro que tem segredos comerciais que não vou citar aqui, mas eles não tem relação com honestidade e caráter.
Não xingo mais os comerciantes sem saber do que se trata, fico meio puto mas agora sempre com a tal pulga, pois sei que há sempre mais informações do que as que conhecemos, os produtos parecerem ou serem os mesmos é pouco indício de desonestidade, sei que tem mais coisa aí, as leis e a mídia meio que jogam pro comércio resolver boa parte dos problemas, por exemplo, os comerciantes precisam disponibilizar o código de defesa do consumidor, sempre achei isso muito estranho, ainda não tenho opinião formada, como cortesia do comerciante acho perfeito, mas como obrigação, é discutível. Assisti no fantástico em 2004 que o comércio era forçado a receber cheques, depois nosso advogado disse que não, que cheque era uma ordem de pagamento, o que a loja não poderia era aceitar cheque de um cliente e não do outro, resumo, na mídia o comércio está sempre “roubando”, é sempre obrigado a fazer coisas que hoje, nesta condição, acho também discutíveis. Como estou nesta profissão há duas décadas, e tenho como princípio tratar as pessoas como eu gostaria de ser tratado, a cada problema, negocio com o cliente, explicando tudo o que sei sobre o assunto, e resolvendo da melhor forma possível, tentando usar sempre o bom senso. O que tenho como fato, do qual me orgulho e é o que também coloco nos anúncios da Die Hard: nunca nenhum cliente jamais perdeu nada conosco, nem tempo ou paciência. E olha que compramos briga dos bancos, das administradoras de cartão de crédito, e principalmente dos correios. Nós só trabalhamos com bom senso.
Não tenha problema em questionar comigo ou com os meninos da loja, estamos sempre à disposição para explicar e resolver. Espero que tenha sido útil e de fácil compreensão. Estou à disposição em diehard@diehard.com.br e todo dia na Av. S João, 439 – 2 and – lj 313 na Galeria do Rock, é só vir falar comigo. Estou deixando claro que estas são minhas verdades e que eu sou eu e onde sou encontrado. Isto é, principalmente, para os comentários nas redes onde as pessoas falam o que querem, denegrindo, ofendendo, xingando, sem responsabilidade, geralmente sem bases, provas ou respaldo. Falemos o que achamos que devemos falar, mas respeitemos para sermos respeitados, né? Sem se esconder na rede covardemente...
Obrigado pela atenção,
Fausto Mucin
5 comentários:
Atualmente, a Die Hard está com preços muito competitivos, até mesmo levando em conta o frete. E a qualidade dos produtos é sempre de primeira, CDs lacrados, novos mesmos. Atualmente, é a melhor loja especializada!!
Fausto como sempre sendo "do caralho"
Fausto como sempre sendo "do caralho"
Pessoal, favor verificarem os CDs do SODOM Argentinos que recebem de 2 dos maiores distribuidores brasileiros.
Agent Orange e Persecution Mania são bootlegs (sendo que o Persecution chega a ser grotesca a qualidade do encarte)
Sei que vocês os recebem lacrados, e talvez não os abram, mas, mas são piratas.
O IN THE SIGN OF EVIL - OBSESSED BY CRUELTY, se não me engano também é pirata, comprei de uma grande distribuidora nacional a algum tempo e nem encarte interno tinha.
Sei que vocês os recebem de distribuidores, mas, são bootlegs, é só vocês abrirem os lacres e verificar.
Obviamente não estou falando das versões que saíram agora, oficialmente pela Del Imaginario / Dynamo, são as versões de discos antigos.
Estão usando os encartes das versões da Century Media Brasil, e fabricando na argentina.
Cuidado!
Obrigado amigos :) Já falei com o Gil. Nós aqui só pegamos os produtos diretamente da Dynamo, o próprio Eric vem nos visitar frequentemente e nos traz, somos amigos há vinte anos :) Valeu manos, obrigado!
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