sexta-feira, 29 de julho de 2011

Ainda sobre a Galeria do Rock

Eu sei, eu sei, dissemos aqui que não jogaríamos mais a atenção para os absurdos oriundos da administração da Galeria do Rock, principalmente pela parte cultural, mas, pelo que você lerá abaixo, agora também envolve (des)respeito e/ou falta de informação ou, sendo bem intencionado, falta de memória.

O importante é que a verdade, a verdadeira arte, SEMPRE impera... O que estamos vivendo é efêmero e passageiro.

Luiz Calanca é um dos idealizadores desta Galeria, toda loja daqui deve ao menos o respeito, se não a gratidão. A Baratos Afins ajudou a mudar os rumos aqui no Brasil do estilo musical que curtimos, e ajudou a conhecermos muita coisa mundo afora, principalmente num mundo sem internet, ou pior, sem nem VHS !!!

Nós o respeitamos, e o admiramos, e é em sua defesa, em defesa de nós mesmos (lojas da Galeria do Rock e mesmo as que não estão fisicamente aqui) que resolvemos voltar a este assunto, e é ele, o próprio Luiz Calanca que fala (retirado de seu perfil do fecebook):

VERDADES SOBRE A GALERIA DO ROCK:

Por discordar de certas afirmaçoes sofre a verdadeira historia da galeria do Rock divilgada no link abaixo me senti na obrigação de elucidar a verdadeira história de como se popularizou o nome galeria do rock. http://www.galeriadorock.org.b​r/site/index.php?option=com_content&view=a​rticle&id=103&Itemid=11 Quando vim para as grandes galerias em 1978 um amigo meu repassou meu endereço a outro amigo citando a palavra galeria do rock como referencia, e por varias outras vezes depois ouvi muitas pessoas tratarem a galeria assim. De "galeria do rock",. Em 1981 minha loja de disco passou a ser uma produtora e gravadora, a Baratos Afins. Meu primeiro lançamento foi o Singin Alone um álbum solo do ex Mutantes Arnaldo Baptista. E não parei mais, os seguintes foram : Mixto Quente, Patrulha do Espaço , Coke Luxe , Ave de Veludo, tudo no seguimento rock, e tantos outros que vieram depois , bandas como Korzus, Vírus, Centúrias, Salário Mínimo, Avenger, Santuário, Performances Abutres , Chave do Sol, Harppia, Platina, Cherokee, Alta Tensåo , Esquadrilha da Fumaça, E também paralelo a isso, licenciamos toda obra dos Mutantes e os 3 primeiros álbuns da Rita Lee exclusivamente para minha gravadora. Todos os álbuns desses artistas por serem mau distribuídos e difíceis de se encontrar , nesta época era muito comum você ouvir dizer que “ só tinha na galeria do rock” , (discos independentes era só no boca a boca mesmo). Tudo Isso aconteceu muito antes do Rock n Rio chegar em 1985. Depois do Rock In Rio, tudo passou a se chamar publicamente pela mídia de , "do rock" . Praça do Rock , Comando Rock , Diário do Rock , Oficina do Rock , Radio Rock , A Hora do Rock, e até o próprio Rio de Janeiro era também chamado de Cidade Rock , e claro que também chamavam a galeria de do rock, Importante lembrar que alem dos citados , entre o antes e o depois do Rock in Rio outros nomes do pós punk paulistano como Voluntários da Pátria, Smack , Felline, Ratos De Poråo , Mercenárias, Akira S, Gueto , 365, Kafka, Vultos, Golpe de Estado e tantos outros que nem chegaram a ser conhecido foram produzidos na Baratos Afins dentro da galeria do Rock, A Punk Rock depois New Face, junto mais a Vinil Urbano, Progressive Rock , Aqualung Hellion, Rock Machine, e Empire, também viviam no mesmo endereço e tambem produziram vários discos, quase uma década antes da atual gestão. No começo dos anos 90 veio o boom do CD, e o numero de lojas e produtoras se multiplicaram ainda mais com os formatos digitais a partir daí.. Quis dizer tudo isso para ilustrar que lamentavelmente a administração que chegou ao poder com a ajuda de toda a classe roqueira não enxerga nem reconhece os antigos companheiros. Nem os que resistiram e nem os que vieram depois, como Die Hard , Mutilator, Paranoid. Undasul, Five Especial, Nosso Som, Rhytman Blues, sem contar as equipes de bailes, DJs, e MC´s È muito feio divulgar por ai que uma gestão administrativa seja a responsável pela popularização do nome Galeria do Rock, enquanto toda classe rockeira aqui citada se sente excluída.do que a administação chama de instituto cultural galeria do rock. Não seria então mais elegante dizer que o rock ganhou status de instituto, depois da “sucupirização da galeria” ao invés de arrancar paginas da historia ?
Por: Luiz Calanca

terça-feira, 26 de julho de 2011

Talento

Procuramos o nosso desde que abrimos a loja, tínhamos uma banda antes, portanto, alguns de nós aqui não têm talento para músico, outros aqui mesmo, têm. Achamos que temos talento para administrar uma loja especializada em Classic Rock e Heavy Metal, e é aqui que tentamos lapidá-lo. Achamos o talento de nossa equipe, que consideramos a melhor equipe especializada: Kinder, Thiago e Lucas. E é a busca de talento que nos move, tanto do talento pra descobrir bandas boas pra colocar à disposição no acervo da loja, toda semana colocamos no nosso catálogo bandas que não trabalhávamos ainda, quanto para recuperar as clássicas do passado, idem, toda semana disponibilizamos mais e mais bandas antigas. Buscamos o talento das bandas nacionais para lançá-las, desde o Projeto Hamlet até o nosso mais recente lançamento, Santarem, e ainda a nova promessa brasileira que todos nós ainda vamos ouvir, Maestrick. Também procuramos o talento de bandas gringas para licenciá-las aqui no Brasil, como exemplo os dois mais recentes lançamentos nossos, Artillery e The Gathering. Procuramos o talento de artistas que criam nossa identidade visual, como Gustavo Sazes, e o talento de produtores de shows que comercializam sem mesquinhez seus ingressos aqui conosco e trazem bandas que esperamos faz tempo, por exemplo a Negri Concerts, a Rádio Corsário e a AWO. Admiramos o talento da concorrência honesta, ou seja, a que, como nós, vende só originais, e o talento das distribuidoras nacionais e importadoras. Buscamos o talento na hora de fazer o balcão, chamando o famoso “Seu Zé” aqui da Galeria, e achamos o talento de nossos clientes, que, por curtirem o mesmo tipo de som já são do mesmo grupo (in)formal, portanto sensíveis à arte. O talento dos representantes bancários e imobiliários. Nosso objetivo é sempre este, trabalhar com os talentos, consequentemente, com respeito e admiração. A contrapartida é o basta. Basta de incapacidade, de gente que trabalha por obrigação pura e simplesmente, gente que fica esperando a sexta-feira, que atende mal, que vende porcaria, que vende e não entrega, que não dá garantia, basta de desonestidade, de politicagens, de ladroagem, basta de corrupção, basta de manipulação da mídia, de jornalistas comprometidos, basta de ecochatos, de materialismo, de imagem sem conteúdo, de mal intencionados travestidos de artistas, basta de avareza.

Basta de inércia, viva o talento produtivo.

Estamos aqui à sua disposição para fazer valer cada palavra acima, e será um imenso favor se você nos apontar onde podemos melhorar, e seguir em frente honrando estes princípios.

Vincent Morrison

terça-feira, 19 de julho de 2011

Die Hard no Facebook

Hoje criamos nosso perfil no Facebook. Demoramos pois criar e não atualizar, não curtir, nem adianta... Agora vai...
Com esta demora, tem um montão de Die Hards, Die Hard Records, etc... lá,o nosso perfil é este: http://www.facebook.com/pages/Die-Hard-Records/170964832970139
Obrigado!

quarta-feira, 6 de julho de 2011

ALDOUS HUXLEY: PARA AMENIZAR E REFLETIR

SOBRE A MÚSICA:

“A música serve também para ensinar um tipo muito valioso de cooperação emocional. Ao cantarem juntas e juntas tocarem instrumentos, as pessoas aprendem, não apenas a executar complicadas ações que requerem perícia muscular e completa atenção mental, mas também a se sentir em harmonia, a unidas compartilhar de uma emoção.”

E CONTINUA:

"Aproximando-nos da literatura, podemos ver que representar em peças também pode ser usado com o propósito de treinamento emocional. Pela representação de um papel de personagem com quem se identifica ou que lhe é muito dessemelhante, a pessoa pode tomar consciência da sua própria natureza e das suas relações com os outros. Até certo ponto, talvez, assistir a peças pode servir ao mesmo propósito. Devemo-nos resguardar, entretanto, contra a tendência de atribuir virtudes educativas à arte dramática, que, na sua atual forma, certamente não as possui. Com relação às peças e filmes modernos, é uma insensatez falar da catarse aristotélica. Uma tragédia grega era muito mais do que uma peça; era também um culto oficial e também era uma das cerimônias da religião nacional. O desempenho dos atores era uma ilustração das escrituras, uma exposição de teologia. Os dramas modernos, mesmo os melhores, não tem nada destas coisas."

Despertar do Novo Mundo (Ends and Means, 1937), Aldous Huxley, Hemus Livraria e Editora

sábado, 2 de julho de 2011

QUE VERGONHA – O ÚLTIMO COMENTÁRIO SOBRE A GALERIA DO ROCK

Possuído por um abissal constrangimento e um pesar digno de um hikikomori que redigimos este texto. Não é segredo para ninguém que não concordamos com absolutamente nenhuma iniciativa “cultural” da Galeria do Rock, e usamos de nosso direito de manifestação de opinião para expressá-lo, democraticamente. Também não é segredo que aprovamos as medidas, digamos, não culturais, desta administração (limpeza, segurança, etc...).

Já passamos por tudo, de enfeites natalinos pra lá de kitsch, dignos de desfile no sambódromo, (não querendo desmerecer, mas natal é natal e carnaval é carnaval) a estátua de Michael Jackson que faria Madame Tussaud cobrar royalties, chegando aos desfiles de moda e regabofes na calada da noite...

Neste momento estamos tentando mostrar músicas aos clientes, tentando rolar Mike Patton e Eric Gales, mas estamos ouvindo um barulho absurdo vindo da entrada da Galeria do Rock pela Av. S. João, barulheira organizada pela... Pela??? Galeria do Rock(!!!) O barulho passa até que rápido, mas a “pintura”(outra iniciativa “cultural”) das laterais das escadas rolantes deve durar mais, infelizmente...

Estas “iniciativas culturais” deles chegam, no máximo, a isto. Percebeu que já estamos nos referindo a “eles”, nos excluindo? Pois é, por isto este texto tem o título que tem... Eles podem tomar qualquer decisão a partir de hoje, e passar o carão que quiserem passar, este é o último texto cheio de aspas, pois estamos, e isto é impossível, sabemos, tentando nos desculpar por atitudes que não tomamos, e que não compactuamos, atitudes deles que apenas as aceitamos pois esta é a regra, ou se participa daquelas chatíssimas reuniões de condomínio (aqui são chatas, já tentamos) ou se aceita (não confundir com concorda) as decisões tomadas lá, e é o que faremos daqui pra frente: aceitar, mas não necessariamente, concordar.

A Die Hard é radical, trabalhamos com classic rock, heavy metal e tendências,independente de país de origem, e só com produtos originais oficiais e novos, nacionais e importados, nada de pirataria, cópia ou porcaria. CDs, DVDs, BLU-RAYs, camisetas, acessórios, publicações, o que for, mas sempre, SEMPRE: classic rock e heavy metal e tendências, sem exceção. A Die Hard está e estará sempre, fisicamente, orgulhosamente, situada dentro da Galeria do Rock (que por sinal não pertence a esta administração, mesmo que às vezes pareça que é isto que eles querem difundir), e não concordamos com nenhuma iniciativa (lá vai as aspas) “cultural” que eles tomam. Nos responsabilizamos apenas por nossa divulgação, tanto na imprensa quando pelos nossos mecanismos (zine O Grito e internet = site, blog, fotolog, twitter, etc...). Somos independentes.

Não queremos parecer arrogantes, esta não é a ideia e nunca foi. Quando criticamos estas iniciativas da Galeria, é por não podermos concordar, não podemos jamais deixar que nossa marca se alie a estas idéias deles, e é por isto, e APENAS POR ESTE MOTIVO que criticamos. Vergonha mesmo.

Que alivio!

Desculpe e obrigado ao mesmo tempo.


PS: Se o ditado diz pra se mudarem os incomodados, é sempre bom lembrar que nenhum mandato é eterno e nem nunca foi. Precisamos de um administrador, não de um político profissional, ah, disto já estamos bem cheios, e nem adianta ficar vociferando pelos corredores =D

DIE HARD
Vincent Morrison
DIE HARD