segunda-feira, 25 de julho de 2016

POSSE x ACESSO / PRODUTO x SERVIÇO

POSSE x ACESSO / PRODUTO x SERVIÇO
Esta é a nova campanha da Die Hard. Em 11 de novembro deste ano completamos 20 anos. Resolvemos brincar com uma chateação engraçada, quase um bullying que nós, compradores de CDs (colecionadores ou não), sempre sofremos. Quem nunca foi questionado, mesmo pelos mais íntimos, sobre o motivo de “ainda” compramos CDs, uma vez que imprensa alardeia o tempo todo que o CD está morrendo, aliás, ouvimos que o rock está morrendo desde praticamente quando ele nasceu... Ou ainda sobre o seus CDs como um todo “mas você já não tem CDs o suficiente?” ou “você ouve todos estes CDs?”, etc.
A indústria e a grande mídia não é, definitivamente, nossa praia... Claro que baixamos músicas, que usamos serviço de streaming, estamos em 2016!!! Mas isso nada tem a ver com comprar CDs ou não. E olha que estamos falando de CDs, nem iremos comentar aqui que o vinil voltou com tudo, e que, sim, continuamos (ou voltamos) a comprar e a vender vinis. O que a indústria quer fazer é nos convencer, com todo o poder da mídia, a trocarmos o hábito da POSSE pelo hábito do ACESSO. Do PRODUTO pelo SERVIÇO. Mas querem nos convencer a SUBSTITUIR uma coisa pela outra, quando podemos usufruir das vantagens do acesso ao serviço, mas também possuir o produto. É óbvio que não são só os colecionadores compram CDs, mas pra quem coleciona é impossível colecionar acesso, e não existe a posse efetiva de um arquivo digital, isto é uma abstração jurídica. Nós somos colecionadores, mas falamos não só para estes, mas para quem queira tão somente comprar um produto original, para quem queira apenas TER o produto.
Toquemos no assunto da qualidade de som do CD original com a falta de qualidade do formato digital MP3, ou das músicas em streaming, isto é polêmico, justamente por causa da desinformação incrementada pela indústria/mídia, mas há uma vasta literatura sobre isso (compressão e outros termos técnicos que não dominamos), mas temos ouvidos e sensibilidade o bastante, basta comparar, e nem precisa ser audiófilo. Sem contar a embalagem, o encarte, e a porcentagem de nosso dinheiro que vai pros músicos que amamos e pra cadeira complexa de profissionais envolvidos entre os quais nos incluímos. Se falarmos sobre a porcentagem paga aos músicos na comparação entre o disco físico e os meios digitais, se ouvirmos os próprios músicos sobre o assunto, o produto físico também sai ganhando nesta briga...
Quem não tem o hábito de comprar CD ou vinil não entenderá nunca a necessidade da posse do original, de dar vida à coleção (que eles chamam de acúmulo). Também não entenderão a experiência de conhecer bandas novas, ou de nos aproximarmos de clássicos que ainda não temos muita intimidade. E o que dizer da experiência do dia da compra de um CD, seja numa feira de vinil, ou numa loja da Galeria do Rock ou mesmo no site. Geralmente nos lembramos de onde compramos o CD, ou de como nos sentíamos no dia, do clima, do atendimento, da confirmação do pedido, de quem estava conosco, do que comemos no dia, é um momento importante a entrada de um ítem novo na coleção, e cada item é único, nada tem a ver com os outros, a experiência de cada CD também é única, mesmo quando compramos mais de um no mesmo dia, nos lembramos do lote, quais vieram com quais... E esta lembrança fica conosco pra sempre...
Nós aqui somos colecionadores, quando abrimos a Die Hard foi pra trabalhar para quem compra CDs novos e originais, seja colecionador ou não, entramos nesse mercado com o propósito de respeitar o cliente, atendendo com carinho e vendendo produtos originais com preço justo e com toda a GARANTIA. E de apoiar as bandas nacionais, pois deixamos de ter uma para abrirmos o negócio.
Além da comemoração de 20 anos de Die Hard, esta campanha tem mais dois objetivos, o de nos identificarmos com quem ouve estas provocações carinhosas dos amigos e parentes, e também pra tocar no assunto destas lembranças que nos acompanham quando compramos um CD. São assuntos que dificilmente vimos publicados, são minúcias que só quem compra CDs entende, e, por estarmos agora também do lado de cá, não só comprando como vendendo CDs também, compartilhamos. Por isso sabemos valorizar o cliente, o produto e a experiência, inclusive garantindo tudo isso, pois PERTENCEMOS.
Estas são as versões feminina e masculina que serão publicadas alternadamente.

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